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Coluna JPS – Meio Ambiente, Infraestrutura e Urbanização

Cidades

Coluna JPS – Meio Ambiente, Infraestrutura e Urbanização

Edição n° 04, Segunda-feira (29) de novembro de 2021

Olá meus amigos leitores/internautas, é um grande prazer escrever novamente para vocês. O nosso assunto de hoje (29/11), será Drenagem Urbana.

Antes de qualquer coisa é primordial entender que o tema de Drenagem urbana tem associação quase que direta com a questão relacionada ao urbanismo (ciência voltada ao planejamento e estudo das cidades, e relação entre o espaço geográfico e a sociedade nele convivente) e à urbanização (mudança dos aspectos rurais em urbanos de uma localidade). Ressalte-se que, o crescimento populacional impacta diretamente tanto no urbanismo, como na urbanização. Além deste, os fatores econômicos e sociais, tais como empregabilidade, disponibilidade de habitação, distribuição de renda, fatores de desigualdade social, também são igualmente importantes.

No processo de êxodo rural, ou seja, de migração da população das áreas rurais, para as urbanas, ou mesmo a urbanização de espaços rurais (aumento de construções, pavimentação de vias, criação de sistema de esgotamento sanitário), existe uma movimentação de pessoas, ou a implementação de serviços, com expansão de estruturas de área urbana, muitas vezes planejada, mas na imensa maioria das vezes, desregulada. É fácil ver este processo, quando observamos áreas urbanas que há anos eram locais de densa vegetação (mata), e hoje estão ocupadas pela ação humana, com a construção de unidades habitacionais (casas), e seus respectivos aparelhos de urbanização e urbanismo (calçadas, vias pavimentadas, esgotamento sanitário, abastecimento de água, disponibilização de energia elétrica).

Entretanto, também há áreas no passado ruralizadas, e hoje, urbanizadas, com ocupação irregular de solo urbano, sem obedecer a critérios de planejamento das cidades, e unidades habitacionais localizadas em condições precárias. Esse é um fator que demonstra falha na política de habitação e de planejamento da infraestrutura urbana. Nas cidades de médio e grande porte, este cenário anteriormente narrado é muito presente, formando guetos populacionais, ou áreas poucos assistidas pelo Poder Público.

Já falamos bastante em urbanismo, urbanização, mas não fomos ao nosso assunto, qual seja, a drenagem urbana, que nada mais é do que a formatação da estrutura de coleta e manejo, das águas das chuvas, escoando-a para galerias e esgotos pluviais, as quais desembocarão em um talvegue ou curso de água com capacidade para recebê-las, sem que haja agressão ao meio ambiente, e contaminação daquele corpo de água. Essa estruturação é concretizada pelo Poder Público municipal, diretamente, ou através de parcerias público-privadas, bem como em consórcio com outros entes federados (Estados, outros Municípios, ou União). Uma drenagem urbana eficiente é composta por estruturas planejadas, tais como correta pavimentação de ruas, linhas de águas, galerias pluviais, bueiros subterrâneos ou aéreos, canalização aérea ou subterrânea, áreas de infiltração, valas, e outros, não precisando existir todos esses equipamentos, necessariamente, em todas as cidades.

O correto planejamento da drenagem urbana evita as enxurradas, as cheias, os alagamentos, que tanto podem prejudicar locais de habitação (ruas, bairros), bem como áreas comerciais. Um grande exemplo são as Avenidas Antonio Japiassu e Capitulino Feitosa, onde as águas pluviais (de chuva) rapidamente se juntam, formando verdadeiras áreas de alagamento, causando prejuízos diversos a diversos segmentos. Em áreas afastadas do centro de Arcoverde, o problema se repete, demonstrando ausência de drenagem urbana eficiente. É aí que mora o perigo, a pavimentação de ruas (com pavimento asfáltico – asfalto) sem o planejamento de drenagem adaptável, tenderá a impermeabilizar cada vez mais o solo, reduzindo drasticamente a absorção das águas pluviais (de chuva), e obviamente, fazendo com que elas escoem com maior velocidade, para áreas mais baixas das cidades, ou para haja atração magnética.

A destruição da cobertura vegetal nas nossas encostas, e a erosão, também tendem a piorar cada vez mais os problemas de alagamento, inundação, e enxurradas. Tivemos recentemente a pavimentação de Avenidas que dão acesso à área do Cruzeiro Novo, como a José Magalhães de França, e ao que me parece haverá a implementação de pavimentação asfáltica também no entorno do Cruzeiro Novo, o que provocará o fenômeno de redução da absorção e porosidade do solo, dando mais velocidade às águas que lá escoarão para as áreas mais baixas do Centro da cidade de Arcoverde. As obras de pavimentação devem ser antecedidas de planejamento da drenagem dos espaços, principalmente quando já existe um problema anteriormente existente de alagamento de determinados espaços urbanos. Quando se faz obras para “inglês ver”, sem seguir orientações técnicas, a tendência é que a população sofra os efeitos daquela intervenção urbana. Se estou certo ou equivocado, um futuro muito próximo dirá. A recomposição das encostas florestais, e a criação de uma área de preservação permanente, são medidas que devem ser tomadas urgentes.

Pontuadas as considerações técnicas, espera-se que a drenagem das águas pluviais (águas de chuva), no centro de Arcoverde, e em outras áreas atingidas, nos bairros mais afastados do Centro, sejam iniciadas com urgência, e que, além disso, sejam consideradas como prioridade, caso contrário, as chuvas vindouras mostrarão uma realidade que já é percebida por pessoas que entendem da matéria, e que imporão sérias consequências a comerciantes e moradores destas áreas citadas. Defendi muito estas matérias, tanto da drenagem das águas pluviais, como do reflorestamento nas encostas, ainda em minha pré-campanha, nos anos de 2019 e 2020, e no período em que estive ocupando a Secretaria de Secretaria de Serviços Públicos e Meio Ambiente (2021), não obtendo, neste segundo momento, amparo político, técnico, e financeiro, para execução destas.

Muito grato a todos!!Que Deus nos abençoe e guarde, sempre!!

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